sábado, 25 de janeiro de 2014

Um dia de fúria

Olá a todos

Ultimamente, tenho me estressado demais à procura de um tema que comportasse aquilo que eu desejo trabalhar na monografia, no caso o futebol. E quando tudo isso fica demais, uma das formas de dar uma relaxada é assistindo um bom filme. Faz tempo que tentava encontrar o filme Um dia de Fúria na internet e nunca conseguia, mas semana passada dei sorte e finalmente conseguir rever o que considero um clássico. O filme de 1993, mostra um cara totalmente transtornado e que vai atropelando quem entra no seu caminho no dia do aniversário da filha com sua ex-mulher. Depois de perder o emprego o personagem interpretado de forma magistral, diga-se de passagem, pelo ator Michael Douglas, surta e entra numa espiral de violência contra todas as incoerências existentes na infernal Los Angeles.

São essas incoerências que fui destacando na releitura deste filme a despeito de todo descontrole emocional do personagem principal. É o coreano da loja que se recusou a trocar o dinheiro inteiro por moedas para que ele conseguisse usar o telefone, a intransigência do gerente da lanchonete em não vender o café da manhã só porque o cliente chegou 5 minutos depois da hora em que o café é vendido apesar de ainda haver quantidades disponíveis para a venda. Não adiantou nem apelar para a máxima "O Cliente tem sempre razão". Depois, ainda teve que receber um produto totalmente diferente do anunciado. 21 anos depois, não é o que vemos por aí todos os dias quando vamos a alguns lugares? Engraçado notar que ele só era atendido em algo quando percebiam que ele estava armado, aí tudo, em tese, ficava mais fácil.



Tem gente que pega o nome do filme, e neste caso uma ótima escolha, um dia de fúria, para destacar a loucura com que somos submetidos com o ritmo frenético de uma grande cidade. E muitas coisas acontecem por conta disso. É claro que você não vai ver um cara saindo por aí dando tiro em todo mundo só porque não foi bem atendido na loja, mas já perdi a conta de quantas ocorrências presenciei por conta da falta de flexibilidade das pessoas na rua. Todos os dias me deparo com o motorista que destrata o passageiro e passa do ponto, o atendente que fica no celular mesmo tendo cliente para atender no balcão, ou o segurança da loja que te segue achando que você vai roubar algum produto. 

Tentando enxergar o filme por uma outra ótica, após o William Foster sai da loja onde foi pessimamente atendido pelo coreano, ele passou a não relevar mais nada em que não concordava. Quando foi encurralado pelo maluco vendedor na loja de armas teve que lidar com aquelas ideias racistas e antissemitas e com aquela loucura que já começava a tomar conta dele. Ao invadir o campo de golfe, se indignou com o lugar sendo usado como lazer de poucos ao invés de ser utilizado como área de entretenimento para crianças e famílias.

O policial interpretado pelo excelente Robert Durvall é o contrário, um cara que tenta sobreviver a loucura do mundo e da profissão. Uma pessoa sem vícios e que incomoda os colegas pelo simples fato de não xingar. Uma pessoa controlada mesmo frente ao desequilíbrio aparente da esposa, é o cara que escapa cordialmente as investidas de uma colega de trabalho que o admira muito. Equilíbrio mesmo em meio a uma Los Angeles imersa na criminalidade como o era no início da década de 1990. Engraçado que no final, o sensato e o louco cruzam o caminho um do outro e o louco precisa sair de cena para restabelecer a ordem naquela cidade caótica mostrando onde a loucura do mundo pode levar uma pessoa.  

Ou seja, são tantos exemplos que penso que o diretor do filme quis dizer algo a mais do que simplesmente um louco saindo por aí distribuindo violência. Penso até que chega a ser o contrário com a violência que ele recebeu em todos os lugares em que ele foi até chegar ao limite, ao fundo do poço encontrando a morte. Acho que Um Dia de Fúria Mostra uma América doente, doente como o personagem Willian Foster e doente como todos os outros que cruzaram o caminho dele, talvez até mais. É o veneno da vida moderna impregnando e tirando a humanidade de quase todos a sua volta. É mais ou menos o retrato do que temos que encarar todos os dias quando passamos pela porta de nossa casa em direção à rua.


Um dia de fúria é um daqueles filmes que você vê e nunca esquece, fica maquinando, maquinando e buscando explicações de como essa ideia saiu da cabeça do diretor. Escrevi demais, não sei se alguém vai ler isso. Se viram o filme me falem o que acharam, apesar de ser um filme bem antigo, se não, podem falar do paralelo que fiz com os dias de hoje. Vou tentar ser menos prolixo nos próximos textos.

Grande abraço


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Rolezinho

Olá a todos

Vocês alguma vez já deram um rolezinho no shopping? Eu fazia isso quando não tinha nada para fazer ou queria sair de casa um pouco. O shopping é um lugar legal, tem vitrines, coisas bacanas e caras que não posso comprar e outras coisas mais interessantes como cinemas e livrarias, principalmente. Esta semana a palavra rolezinho apareceu em várias matérias, artigos e reportagens veiculadas por aí. Aconteceu algo bem parecido com o que ocorreu no meio do ano passado quando diversas  manifestações estouraram por todo o país.

A imprensa, políticos e intelectuais lançaram mão de suas teorias para tentar explicar o que acontecia. Vândalos (fiquei com esta palavra na cabeça de tanto escutá-la na época), bandidos, arruaceiros, o discurso foi o mesmo de sempre. Os movimentos sociais no país, principalmente aqueles que vão para rua protestar contra qualquer coisa, são sempre criminalizados por parte da sociedade e da imprensa. Eles alegam que são movimentos violentos e promovidos por pessoas que não querem o bem comum a todos e só querem baderna.



Infelizmente acabei chegando a algumas conclusões sobre tudo isso: Primeiro, é muito difícil não ter a presença da violência nessas ações uma vez que há falta de diálogo dos dois lados, tanto da força policial quanto dos manifestantes. Segundo, as recentes manifestações assustaram e ainda assustam a opinião pública que vê nelas a ameaça a ordem estabelecida como se essa ordem que há hoje no país fosse boa para todos e todos nós sabemos que não é. Em muitos textos que li sobre o assunto, o de um colunista da Veja chamou minha atenção porque ele chamou o movimento de rolezinho da inveja. Ele chamou as pessoas de bárbaros incapazes de reconhecerem a própria inferioridade e que eles morrem de inveja da civilização. Acho que uma simples inveja não é capaz de mobilizar milhares de pessoas em torno de um bem comum, é um argumento muito simplista e até certo ponto, preconceituoso. 

Enfim, este é o pensamento de uma elite que procura criminalizar todos os movimentos que surgem por aí. Não importa, se fazer algum barulho o negócio não é sério. Não estou aqui para defender o movimento, até porque não o conheço o suficiente para julgá-lo se é bom ou ruim. Se o objetivo era fazer barulho, eles conseguiram. Falar que o shopping é um local particular e tentarem impedir as pessoas de entrarem no lugar a partir de critério subjetivo dos seguranças é incentivar ainda mais o preconceito velado que persiste no país. Sei que o pobre sempre será de alguma forma discriminado no Brasil, não importa o lugar.

Isso chega a ser engraçado quando penso que sempre quando vou ao Barra Shopping, um dos principais aqui do Rio, e entro em uma livraria, o segurança vai atrás de mim me cercando e vigiando para ver se eu não vou roubar alguma coisa. Quado isso acontece me sinto super mal, é como se ele estivesse dizendo que aquele lugar não é para mim, que eu não deveria estar ali, que deveria estar em outro lugar ou que não tenho o perfil para comprar alguma coisa naquela determinada loja. Perfil para roubar, eu tenho, na visão deles, então, preciso ser vigiado de perto. Eu deveria me acostumar com isso, já que para a sociedade o negro é uma ameaça até que se prove o contrário. Mas sempre me sinto mal por isso porque sou um cidadão como qualquer pessoa que frequenta aquele lugar.

As charges que escolhi na internet mostram a visão que a sociedade tem deste movimento que incomodou muita gente nesses últimos dias. Não sei onde esse movimento vai parar só sei que o preconceito velado, chamado preconceito cordial sempre vai perseguir a gente não importa se o país melhorou economicamente, se há mais negros na universidade se há menos pobres no país, etc. Isso não é mimimi, é a realidade.

Grande Abraço
Fernando dos Santos

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

A violência da natureza

Olá a todos

Esta semana ficamos sabendo por meio de notícias do rigoroso inverno que os Estados Unidos passam neste ano. Quando vi as fotos com as mais variadas paisagens congeladas, foi inegável não pensar no filme "O Dia Depois de Amanhã". Não sei já viram, o filme mostra a história do mundo atingido por uma modificação drástica da temperatura praticamente entrando numa era Glacial. Pensei também nas mudanças climáticas por que passa o mundo nos últimos anos. Sei que é uma relação muito exagerada, mas é algo para refletir a presença constante de desastres naturais nas mais variadas regiões do globo. 

Aqui no Brasil é o contrário, com o tempo cada vez mais quente, a ponto de em uma semana registrar as temperaturas mais altas no mundo. Muito se fala sobre aquecimento global, efeito estufa e etc, o certo é que ainda não chegou a um consenso sobre isso de forma que se possa fazer algo para evitar o problema. E assim, fica difícil parar de poluir ou pensar em maneiras de preservar o que ainda temos aqui na terra.

Um farol em Michigan completamente congelado (Foto: Madelyn P. Hastings / The Muskeon Chronicle AP)

Antes de acontecer o tsunami na Indonésia e depois no Japão, isso era coisa de filme, da imaginação do mais doido dos cineastas. Hoje, furacões e terremotos já são registrados em regiões do Brasil e parece que isso será cada vez mais frequente. O pensamento da maioria dos líderes mundiais é que o crescimento da economia tem que continuar aconteça o que acontecer e só mostram alguma preocupação quando algo de terrível acontece e esta preocupação é apenas momentânea.

O homem que deu vida através do cinema de todas as formas possíveis e imaginárias de tragédias naturais, hoje tem que conviver com a possibilidade delas se materializarem na vida real. Me preocupo com o futuro da terra, mesmo sabendo que posso fazer muito pouco pata ajudar. A natureza nunca foi tão violenta como agora.

Grande Abraço
Fernando dos Santos

domingo, 5 de janeiro de 2014

O poder de uma música

Olá a todos

Aqui onde moro é um local onde o Funk é a principal música tocada nas ruas. Qualquer lugar que você entre ou passe, pode ter certeza que ouvirá o pancadão tocando em alto volume com músicas que falam das mais variadas formas de fazer sexo. Ontem, ao passar por uma rua onde o funk rolava alto me perguntei como as pessoas conseguiam ouvir sempre aquele tipo de música todos os dias. Pensei que deveria ser uma música dançante, com um ritmo legal, uma levada maneira, mas as letras, uma pior do que a outra. Mas não queria me ater apenas a isso.

A música tem uma importância fundamental e, de certa forma, conta muito da pessoa que a está ouvindo. Ela tem um poder imenso porque pode trazer alívio, descanso, paz como também trazer adrenalina, euforia e prazer. Para mim, a música sempre teve um papel especial pelo momento de vida que estou passando no momento. Não sou muito de parar para escutar, mas quando uma música impressiona ou toca fundo no coração, fico escutando a mesma música, 5,10, 20 vezes seguidas.

Dependendo do momento, uma música pode fazer toda a diferença
Por aqui, aconteceram várias coisas que me deixaram triste, abatido e desanimado. Quando um novo ano se inicia somos instigados a renovar nossas esperanças na vida e ganhamos um ânimo para tentar fazer tudo o que não fizemos no ano anterior. Aí, numa noite cansativa de sábado, durante um culto escuto pela primeira vez a música "Ser Conhecido de Deus" do Grupo Renascer Praise. Nunca havia escutado sequer nenhuma música deste grupo sabendo que eram deles, quanto mais esta linda canção que tocou fundo demais no coração me levando algumas vezes as lágrimas. 

A música tem poder, fiz um paralelo com o funk, que é a música mais tocada aqui no bairro onde onde moro é marcante porque reflete a forma como algumas pessoas vivem ou querem viver por aqui. A a música do Renascer Praise me tocou pelo fato de eu precisar ser lembrado que Deus estava olhando para mim, mesmo naquele momento difícil que eu estava vivendo comigo mesmo me sentindo mais fora do que dentro. E, de alguma forma renovou minhas esperanças neste ano.

Sei que existem 1001 motivos para a gente escutar esta e desprezar aquela música, mas acredito que ela tem um poder ainda maior de tocar as pessoas, sejam com mensagens positivas ou negativas de uma forma que a gente nem imagina.

Grande Abraço
Fernando dos Santos


quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Promessas de Janeiro

Olá a todos

Janeiro é um dos meses mais importantes do ano. Se por um lado é o mês das férias e do descanso, também é o mês dos planos e das promessas para fechar bem no final do ano. Sei que alguns de vocês fazem isso ou escrevem no papel o que gostariam de mudar ou fazer em cada ano. A minha maior dificuldade é cumprir todos os meus objetivos. Este ano de 2014 é ainda mais especial porque envolve uma série de responsabilidades que jamais tive que encarar na vida.

Quando vamos ficando mais velhos, entramos em conato com coisas que não tínhamos que nos preocupar na adolescência, como arrumar um emprego e ser bem sucedido na vida. Hoje, as prioridades estão mais ampliadas, arrumar um emprego já não é suficiente, tem que ser o melhor e ainda terminar a faculdade. Namorar não é mais suficiente, agora é a hora de casar e constituir sua família, ir a igreja todo domingo e na quarta já não é mais suficiente, tem que encontrar seu espaço ali e fazer mais pela aquela obra. 
Tempo de escrever os planos para o ano no papel e partir para a ação.
Neste ano fecharei um ciclo importantíssimo na minha vida para abrir outro ainda mais desafiador. Se por um lado o mês de Janeiro é para preparar a mente para tudo isso, do outro lado a acomodação que este mês proporciona pode prejudicar o andamento delas no decorrer do ano. É um misto de animação e preocupação. Fazer planos é muito fácil, basta colocar no papel que quero fazer isso, isso e aquilo, mas correr atrás é que faz com que as coisas aconteçam.

Então, tenho a monografia no primeiro semestre, em junho estarei formado, mais um jornalista neste mundo de emprego difícil. Pretendo fazer algumas provas, concorrer a vagas na minha área, será algo desafiador para mim pelo fato de ter tido muita dificuldade de encontrar vagas de estágio. Mais uma luta. E por fim, o casamento está cada vez mais próximo, é época de ver os preparativos, guardar mais grana e encarar as expectativas que este momento único proporciona. Uffaaa, que ano!!!! Que Deus me ajude a completar esses e outros desafios que certamente virão neste especial ano de 2014.

Grande abraço
Fernando dos Santos