Olá a todos
Ultimamente, tenho me estressado demais à procura de
um tema que comportasse aquilo que eu desejo trabalhar na monografia, no caso o
futebol. E quando tudo isso fica demais, uma das formas de dar uma relaxada é
assistindo um bom filme. Faz tempo que tentava encontrar o filme Um dia de
Fúria na internet e nunca conseguia, mas semana passada dei sorte e finalmente
conseguir rever o que considero um clássico. O filme de 1993, mostra um cara
totalmente transtornado e que vai atropelando quem entra no seu caminho no dia
do aniversário da filha com sua ex-mulher. Depois de perder o emprego o
personagem interpretado de forma magistral, diga-se de passagem, pelo ator
Michael Douglas, surta e entra numa espiral de violência contra todas as incoerências
existentes na infernal Los Angeles.
São essas incoerências que fui destacando na releitura deste filme a despeito de todo descontrole emocional do personagem principal. É o coreano da loja que se recusou a trocar o dinheiro inteiro por moedas para que ele conseguisse usar o telefone, a intransigência do gerente da lanchonete em não vender o café da manhã só porque o cliente chegou 5 minutos depois da hora em que o café é vendido apesar de ainda haver quantidades disponíveis para a venda. Não adiantou nem apelar para a máxima "O Cliente tem sempre razão". Depois, ainda teve que receber um produto totalmente diferente do anunciado. 21 anos depois, não é o que vemos por aí todos os dias quando vamos a alguns lugares? Engraçado notar que ele só era atendido em algo quando percebiam que ele estava armado, aí tudo, em tese, ficava mais fácil.
Tem gente que pega o nome do filme, e neste caso uma ótima escolha, um dia de fúria, para destacar a loucura com que somos submetidos com o ritmo frenético de uma grande cidade. E muitas coisas acontecem por conta disso. É claro que você não vai ver um cara saindo por aí dando tiro em todo mundo só porque não foi bem atendido na loja, mas já perdi a conta de quantas ocorrências presenciei por conta da falta de flexibilidade das pessoas na rua. Todos os dias me deparo com o motorista que destrata o passageiro e passa do ponto, o atendente que fica no celular mesmo tendo cliente para atender no balcão, ou o segurança da loja que te segue achando que você vai roubar algum produto.
Tentando enxergar o filme por uma outra ótica, após o William Foster sai da loja onde foi pessimamente atendido pelo coreano, ele passou a não relevar mais nada em que não concordava. Quando foi encurralado pelo maluco vendedor na loja de armas teve que lidar com aquelas ideias racistas e antissemitas e com aquela loucura que já começava a tomar conta dele. Ao invadir o campo de golfe, se indignou com o lugar sendo usado como lazer de poucos ao invés de ser utilizado como área de entretenimento para crianças e famílias.
São essas incoerências que fui destacando na releitura deste filme a despeito de todo descontrole emocional do personagem principal. É o coreano da loja que se recusou a trocar o dinheiro inteiro por moedas para que ele conseguisse usar o telefone, a intransigência do gerente da lanchonete em não vender o café da manhã só porque o cliente chegou 5 minutos depois da hora em que o café é vendido apesar de ainda haver quantidades disponíveis para a venda. Não adiantou nem apelar para a máxima "O Cliente tem sempre razão". Depois, ainda teve que receber um produto totalmente diferente do anunciado. 21 anos depois, não é o que vemos por aí todos os dias quando vamos a alguns lugares? Engraçado notar que ele só era atendido em algo quando percebiam que ele estava armado, aí tudo, em tese, ficava mais fácil.
Tem gente que pega o nome do filme, e neste caso uma ótima escolha, um dia de fúria, para destacar a loucura com que somos submetidos com o ritmo frenético de uma grande cidade. E muitas coisas acontecem por conta disso. É claro que você não vai ver um cara saindo por aí dando tiro em todo mundo só porque não foi bem atendido na loja, mas já perdi a conta de quantas ocorrências presenciei por conta da falta de flexibilidade das pessoas na rua. Todos os dias me deparo com o motorista que destrata o passageiro e passa do ponto, o atendente que fica no celular mesmo tendo cliente para atender no balcão, ou o segurança da loja que te segue achando que você vai roubar algum produto.
Tentando enxergar o filme por uma outra ótica, após o William Foster sai da loja onde foi pessimamente atendido pelo coreano, ele passou a não relevar mais nada em que não concordava. Quando foi encurralado pelo maluco vendedor na loja de armas teve que lidar com aquelas ideias racistas e antissemitas e com aquela loucura que já começava a tomar conta dele. Ao invadir o campo de golfe, se indignou com o lugar sendo usado como lazer de poucos ao invés de ser utilizado como área de entretenimento para crianças e famílias.
O policial interpretado pelo excelente Robert
Durvall é o contrário, um cara que tenta sobreviver a loucura do mundo e da
profissão. Uma pessoa sem vícios e que incomoda os colegas pelo simples fato de
não xingar. Uma pessoa controlada mesmo frente ao desequilíbrio aparente da
esposa, é o cara que escapa cordialmente as investidas de uma colega de trabalho que o
admira muito. Equilíbrio mesmo em meio a uma Los Angeles imersa na
criminalidade como o era no início da década de 1990. Engraçado que no final, o
sensato e o louco cruzam o caminho um do outro e o louco precisa sair de cena para restabelecer a ordem naquela cidade caótica mostrando onde a
loucura do mundo pode levar uma pessoa.
Ou seja, são tantos exemplos que penso que o diretor do filme quis dizer algo a mais do que simplesmente um louco saindo por aí distribuindo violência. Penso até que chega a ser o contrário com a violência que ele recebeu em todos os lugares em que ele foi até chegar ao limite, ao fundo do poço encontrando a morte. Acho que Um Dia de Fúria Mostra uma América doente, doente como o personagem Willian Foster e doente como todos os outros que cruzaram o caminho dele, talvez até mais. É o veneno da vida moderna impregnando e tirando a humanidade de quase todos a sua volta. É mais ou menos o retrato do que temos que encarar todos os dias quando passamos pela porta de nossa casa em direção à rua.
Ou seja, são tantos exemplos que penso que o diretor do filme quis dizer algo a mais do que simplesmente um louco saindo por aí distribuindo violência. Penso até que chega a ser o contrário com a violência que ele recebeu em todos os lugares em que ele foi até chegar ao limite, ao fundo do poço encontrando a morte. Acho que Um Dia de Fúria Mostra uma América doente, doente como o personagem Willian Foster e doente como todos os outros que cruzaram o caminho dele, talvez até mais. É o veneno da vida moderna impregnando e tirando a humanidade de quase todos a sua volta. É mais ou menos o retrato do que temos que encarar todos os dias quando passamos pela porta de nossa casa em direção à rua.
Um dia de fúria é um daqueles filmes que você vê e nunca esquece, fica maquinando, maquinando e buscando explicações de como essa ideia saiu da cabeça do diretor. Escrevi demais, não sei se alguém vai ler isso. Se
viram o filme me falem o que acharam, apesar de ser um filme bem antigo, se
não, podem falar do paralelo que fiz com os dias de hoje. Vou tentar ser menos
prolixo nos próximos textos.
Grande abraço
Excelente postagem sobre um clássico!
ResponderExcluirGrande abraço.
www.dilemascotidianos.blogspot.com
Não conhecia o filme. Preciso assistir!!! Em filmes podem exagerar e na vida real de vez em quando dá vontade de soltar os cachorros!!!!
ResponderExcluirÉ legal porque existem filmes que realmente retratam a realidade da sociedade né? :) :) :)
ResponderExcluirbeeeeijos ^^
http://borboletametamorfoseando.blogspot.com.br/
Nunca vi este filme, interessante.
ResponderExcluir"Jesus ♥ você de tal maneira! Não pereça, tente a vida eterna."
http://gabriellyrosa.blogspot G.R ♥
Parece ser ótimo *-*
ResponderExcluirhttp://sonhando-porai.blogspot.com.br/
Quando eu estava no final da minha faculdade, eu também gostava de relaxar vendo alguns filmes. Eu adoro filmes. Já vi vários na minha vida. Inclusive esse filme em questão, eu assisti ele, mas já faz algum tempo eu o vi. Até me deu a vontade de revê-lo. Beijos e uma ótima semana.
ResponderExcluirOlá.
ResponderExcluirEu assisti e achei ótimo o filme rs.
Realmente se o cliente não é bem atendido que ele vá sair por ai atirando não é?... Uma pena isto realmente ocorrer.
Adorei o post.
Abraços.
De tudo um pouco da Thá
Não sei se é o meu tipo de filme, mas pode ser que eu assista um dia, quem sabe... rs
ResponderExcluirEu também costumo ver filmes para deixar de lado o stress. Ainda não vi este filme, mas adorei a tua crónica. Fiquei mesmo curioso em ver :)
ResponderExcluirhttp://ummarderecordacoes.blogs.sapo.pt/
Adorei a postagem, ainda não vi esse filme, mas já ouvi falar dele, parece ser muito bom ♥
ResponderExcluirBeijinhos
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conversando-com-a-lua.blogspot.com.br
Oi Fer! Eu não vi esse filme ainda, mas gostei muito do seu post. Acho que o protagonista do filme não fez nada além do que temos vontade de fazer, mas nos seguramos HAHAHA.
ResponderExcluirRealmente somos expostos à pequenas violências diárias, sem podermos devolver isso de alguma maneira. Resumindo: só engolindo sapo e nada de extravasar. Mas a verdade é que ninguém tem educação: nem em casa, nem na rua, no trânsito... o homem é mais selvagem do que podemos imaginar.
me interessei grandão pelo filme.. vou na caça..rs.. bjokas e valeu a dica
ResponderExcluirEsse eu vou assistir!
ResponderExcluir=D
É impressionante, a síndrome da modernidade nos deixa loucos. Lembrei-me de uma tirinha da Mafalda onde ela pergunta a um de seus amiguinhos por que as pessoas perdem a vida trabalhando pra ganhar a vida. Tanto a Mafalda quanto o Calvin tem esse dom de nos colocar questões fundamentais com sutileza, graça e inocência. A tirinha me deixou pensativa durante uma semana inteira, tal como o filme o deixou.
Que estamos fazendo das nossas vidas? Que estamos deixando fazerem com nossas vidas? Quando foi que perdemos o controle, as rédeas de nossos próprios destinos? É difícil lutar contra um capitalismo esmagador vivendo numa selva de concreto como Los Angeles, mas aqui no nosso país tropical abençoado por Deus não é muito diferente. "A criminalidade toma conta da cidade, a sociedade põe a culpa nas autoridades"... Tal como o protagonista do filme, o surto de violência que estamos vivendo nada mais é do que a resposta dos oprimidos, dos violentados, ao sistema que os marginalizou. Estão rebatendo violência com violência. Mas onde queremos chegar com isso? Quer dizer, de que adianta rebater violência com violência? No final só restarão mortos e sangue - muitos deles inocentes. E a morte é igual pra todo mundo, patrão ou empregado, rico ou pobre, preto/branco/amarelo/listrado com bolinhas. A nossa vingança pode até fazer justiça com nossos opressores, mas custará nossas vidas também, pois é isso que o ódio faz: para alcançar seu objetivo, destrói aquele que odeia.
Há outras formas de lutar, de fazer justiça. Sangue por sangue é suicídio. Veja o Tibet, onde a miséria é ainda mais ampla do que aqui, e as pessoas ainda conseguem sorrir. O que foi que perdemos? Não se trata apenas de dinheiro, de oportunidades, de classe social. Perdemos um pouco de nossa própria humanidade.
"Homem primata, capitalismo selvagem"
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirParece um bom filme, pelo que eu lembro não vi ainda, mas adorei a dica, parece um filme excelente.
ResponderExcluirAté mais. http://realidadecaotica.blogspot.com.br/
muito bom! :)
ResponderExcluirhttp://lajoiedevivrebyclaudia.blogspot.com/
Parece ser bom, mas nunca tinha ouvido falar antes, gosto de filmes desse tipo, vou ver se encontro mais sobre ele.
ResponderExcluirUm abraço!!
terradefagulhas.blogspot.com
Apesar de ter consciencia que se trata de um clássico, nunca assisti esse filme. Talvez por falta de oportunidade, porque películas em geral (ainda mais com essa temática) me interessam. Gosto de assistir coisas que nos fazem pensar no rumo das coisas.
ResponderExcluirbeijo
Não conhecia!
ResponderExcluirBeijos
Oi Fernando...assistir filme é mesmo uma boa maneira de relaxar ainda mais se o filme é bom e nos faz pensar na vida e de alguma forma nos transforma fazendo enxergar as coisas de outra maneira...gostei muito do seu texto eu ainda não assisti esse filme mas fiquei bem curiosa...
ResponderExcluirUm Super Abraço!
Estrela,Flores...Melancia
Relax meu amigo.
ResponderExcluirConheço o filme sim, mais manter a calma e a serenidade é o mais importante.
beijos
Vi esse filme... é muito bom! beijinhos
ResponderExcluirBom dia, Fernando
ResponderExcluirVou seguir seu exemplo e procurar na Net esse filme que não vi, já que despertou minha curiosidade. Para além de que gosto imenso de Michael Douglas.
Diz você - " você não vai ver um cara saindo por aí dando tiro em todo mundo só porque não foi bem atendido na loja".
Sim, por não ser bem atendido na loja... talvez, mas com a violência crescente que se verifica na sociedade em que vivemos, não tardará muito para isso acontecer.
Gostei imenso deste seu texto!
Amanhã publicarei um novo post.
Posso contar com sua presença?
Obrigada, desde já.
Beijinhos
Não é o tipo de filme que eu goste de assistir, mas me parece interessante. Beijos
ResponderExcluirhttp://roqueiradepoisdos15.blogspot.com.br/
Até ouvi falar e reconheço as fotos, mas não me lembro se ja vi.. pelo jeito é um clássico e dos bons, adorei a dica.. vou anotar! beijos
ResponderExcluirParece ser realmente muito bom.
ResponderExcluirhttp://sonhando-porai.blogspot.com.br/
Muito bom esse filme, principalmente porque a gente acompanha a evolução de todos os sentimentos do personagem, eu, pelo menos, me identifico em muitas partes, e você tem razão, a sociedade atual é bem parecida com o filme.
ResponderExcluirhttp://gotinhasesperanca.blogspot.com.br
Esse eu ainda não conhecia, mas parece ser muito bom! ^^
ResponderExcluirBeijos!
Amigo postagem excelente sobre um grande classico sucesso;
ResponderExcluirBlog: http://arrasandonobatomvermelho.blogspot.com.br
Esse descontrole emocional é retrato de muitas situações que vemos no dia a dia. Stress e desequilíbrio tem corrido solto por todos os lados.
ResponderExcluirJá estou seguindo o blog =)
ResponderExcluirmeusegredosbell.blogspot.com.br
Eu já vi esse filme a muito tempo não me lembro dele muito bem, mais sei que todos nós passamos por um momento de fúria, precisamos é ter controle com as nossas emoções e não deixar que ela venha nos dominar, Fernu abraços.
ResponderExcluirhttp://www.lucimarestreladamanha.blogspot.com.br
Você escreve muito bem, parabéns!
ResponderExcluirhttp://enquantoestavalendo.blogspot.com/
Ainda não assisti a este filme,não que me lembre, mas realmente parece ser um filme muito bom... Eu gosto bastante de assistir filmes antigos, tipo A cidade dos amaldiçoados hehe' esqueceste de passar link do site que assitiu :( pois agora quero assistir \o/
ResponderExcluirÉ realmente horrível quando entramos em uma loja que ficam nos seguindo ou quando temos que esperar o atendente terminar de contas estrelinhas para nos atender, bemmm chatooo e estressante.
O texto ficou otimooo, parabéns :D
Beijoxxx
http://maria-gabriely.blogspot.com.br/
Oi!
ResponderExcluirTbm nnao assisti esse filme ainda, mas pode entrar pra lista! rs..
Abs,
Gábi
www.casareassim.com
Li o texto todo
ResponderExcluirNão conhecia o filme nem nunca tinha ouvido falar. Confesso que fiquei curiosa para o ver ainda mais por retratar uma América Doente, visto que não é a isso que estamos habituados a ver nos filmes.
Recomendo também um filme que acho que és capaz de gostar que se chama The ShawShank Redemption
oiii voltando aqui rsrs
ResponderExcluirQueria te avisar que um post seu apareceu em um quadro no meu blog, vai la conferir ♥
Beijinhos
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Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNunca vi esse filme, acho que ainda não assisti um filme com essa temática, vou procurar ver.
ResponderExcluirbeijos
Mesmo um filme antigo, mostra a realidade de hoje em dia.
ResponderExcluirImpressionante. Talvez eu procure para assistir.
Abraços
nao cheguei a ver esse filme... amo redescobrir joias dos anos 90!
ResponderExcluirbjs
Sachê e Bombom
Ola Fernando,
ResponderExcluirLendo os detalhes à sua visão comparando com a realidade, até me deu vontade de assistir.
Qunto aos seus textos, acho todos inteligentes e interessamtes ao que prende a atençao do leitor; E pra mim é o que mais importa.
Linda noite