sexta-feira, 6 de julho de 2012

No meio do caminho...

Olá a Todos
Lá estava eu no lugar certo e na hora certa, ou talvez não. Pensando bem, não estava não. Se não fosse eu  outro faria. Não sei. confuso né... Quando se está na rua tudo pode acontecer e acontecer mesmo. Num desses dias caminhava em direção ao ponto, o estágio é longe e sempre calculamos o tempo exato de saída de casa para chegar no horário certo, nem antes, nem depois. Mas as vezes a gente se ferra com isso, não lembramos que existe transito... transito. Mas porque estou contando isso?


E vinha o motorista do 339 - Rodoviária/Cidade de Deus (Via Linha Amarela) guiando seu carro. Puxa, legal!! Fim de uma viagem estressante, de avenida Brasil, Linha Amarela e passageiros terrivelmente chatos e inconvenientes que não entendem que cobrar e guiar ao mesmo tempo é ruim para o motorista também e mesmo assim ele tem que ficar ouvindo historinhas e reclamações e ainda ser xingado por passageiros mais exaltados. Ufa!!! Era a penúltima curva antes de posicionar seu carro no ponto e esperar para ver se seguiria na mesma linha ou se mudaria para 353, ou o que seja. Mas tinha uma senhora no seu caminho, no seu caminho tinha uma senhora. Uma mulher atravessando a rua, o motorista não viu a mulher, a mulher não viu o motorista e muito menos o grande coletivo vindo a sua frente. Resultado. Pancada. Correria, desespero. Sabe aqueles momentos em que você percebe que algo vai acontecer. Muito raramente presencio cenas como esta, uma pessoa sendo atropelada por um ônibus. Ser atropelado por um ônibus nunca é uma coisa legal, porque são grandes, pesados e potencialmente perigosos.
Saí correndo sinalizando para o motorista parar, ele sem entender nada queria seguir viagem com a mulher já debaixo do ônibus. A mulher sumiu da visão. Fui para o lado da porta, deitei no asfalto e vi a mulher cuspindo sangue. Fiquei "tranquilo", o ônibus não tinha passado por cima dela.  Fui para o outro lado, fiz sinal para que ela viesse se arrastando e saísse debaixo do coletivo. Acabei com os braços sujos de sangue, mas ela estava lá, mal pela situação, mas viva.....vivaaa!!! Mas porque estou contando isso? De quem é a culpa? Da mulher que atravessou sem olhar, ou do motorista que fez a curva sem olhar. Nestes casos é difícil achar definições, mas o motorista sempre terá responsabilidade maior, pois se ele não olha na hora de fazer uma curva qualquer vai acabar atropelando alguém. Ahhh depois foi um "alvoroço" só, chega polícia!! chama bombeiro!! chama ambulância!!bota ela no carro!! deixa ela parada!! não toca nela para evitar fratura!! liga para família!! ela mora logo ali!! Liguei para ambulância, que demorou a chegar e saí do local para ainda chegar a tempo no estágio.

Enfim, temos que ficar ligados, as vezes a vida é como um atravessar de rua, tem a faixa, tem o "sinaleiro", mas a gente prefere atravessar fora, e um ônibus pode nos pegar. A gente nunca sabe quando vamos sair de cena, quando nossa viagem vai acabar, mas tem muita gente atravessando fora da faixa por aí e sendo pegos por motoristas desatentos. E pensando bem, quando atravessamos fora da faixa chegamos muito mais rápido a diversos lugares, mas a que preço? Assim são as escolhas erradas (que sempre se mostram certas) que fazemos na vida. Assim são os caminhos que decidimos tomar em nossas carreiras, seja ela qual for. parece meio clichê né. Talvez. Mas cuidado na hora de atravessar a rua. 

Grande abraço
Fernando dos Santos