terça-feira, 21 de outubro de 2014

Guga, Um Brasileiro

Olá a todos

Sempre gostei de biografias. É o tipo de livro que mais gosto de ler, por conta da possibilidade rara que temos de conhecer alguém por meio de suas próprias palavras, embora saiba que há exceções. Foi assim quando comprei a biografia do tenista Gustavo Kuerten. Guga, Um brasileiro conta uma linda história, uma verdadeira aventura quando um brasileiro se dedica a um esporte em alto nível. E ele alcançou de tal maneira que muitos, assim como eu, passaram a gostar do esporte por causa dele. Levar o Brasil ao topo do ranking, onde permaneceu por 43 semanas, não foi fácil e isso fez com que o tênis fosse colocado de volta no mapa do esporte nacional depois de muitos e muitos anos. Não se sabe se existirá alguém capaz de fazer isso de novo.



Ao ler sua biografia entrei em contato com os bastidores de cada conquista, algo que não tinha acesso na época em que ele brilhava nas quadras. Isso num tempo em que tinha que colocar muito bombril na antena para melhorar a imagem e nem assim conseguia ver a pequena bola de tênis. Não conseguia ver nenhuma imagem quando passava os raros jogos de tênis na TV aberta. Quando conseguia, era na casa de algum amigo que tinha TV por assinatura, mas não era sempre. Ri muito com algumas passagens hilárias e me emocionei com outras, como quando ele fala do irmão Guilherme, carinhosamente chamado de Gui, e que morreu em 2007. Meus olhos ficaram marejados quando achei no You Tube o vídeo de sua despedida das quadras e a declaração de amor que fez ao técnico Larri Passos, tão importante como treinador e pai em sua carreira. Pude relembrar o dia em que desenhou um coração com a raquete no saibro de Roland Garros após difícil batalha contra o americano Michael Russel pelas oitavas de final em 2001 numa partida praticamente perdida. Vibrei muito com cada conquista que tive oportunidade de assistir. O esporte não é só resultado, é emoção e sentimento, e isso também aprendemos com ele. Apesar de não ter sido tão polêmico quanto seu rival André Agassi, foi muito bom poder relembrar essas histórias.


Infelizmente, o país não aproveitou o potencial do esporte e de Guga para alavancar o tênis no país. O Brasil continuará sendo o país do futebol e, as vezes, do Vôlei, e só. De vez em quando aparece um Guga, um Arthur Zanetti, uma Daiane dos Santos, mas o esporte brasileiro continua dependendo de lapsos do destino para produzir grandes campeões. Sua leitura embalou minhas viagens de ônibus nas manhãs indo de casa para o trabalho. Se aprendi uma coisa lendo o livro do Guga foi que preciso acreditar sempre para chegar aos meus objetivos. E precisamos mesmo, sem isso é impossível continuar a fazer qualquer coisa.


Com fé, competência e força de vontade é possível chegar a qualquer lugar.

Grande abraço. ;)

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Uma segunda-feira pós-eleições

Olá a todos

Segunda-feira pós-eleição deveria ser feriado. Era assim o clima quando saí para trabalhar hoje. Ruas imundas com panfletos de candidatos vencedores e perdedores em mais uma disputa longa e dura pelo poder nacional. Uma surpresa para mim a Marina não ter ido para o segundo turno. Mesmo votando na Dilma, acreditava que Marina teria força para ir pelo menos ao segundo turno com pouca diferença para Aécio. O que se viu foi o contrário. Uma derrota acachapante e que diz muita coisa sobre a polarização quase infinita entre PT e PSDB.

A terceira via ainda é possível, mas ainda engatinha num país que continua elegendo artistas, jogadores de futebol e palhaços para cargos políticos apenas pelo mérito deles em serem palhaços, jogadores de futebol e artistas. As pessoas esquecem que a política nada tem a ver com futebol, humor e entretenimento. Pode até existir pautas relacionadas a esses assuntos mas, em essência, o ingresso na vida política deveria ser única e exclusivamente com objetivo de melhorar a vida das pessoas. Não quero dizer que esses jogadores e artistas não possam um dia se tornarem bons políticos. Espero e torço muito para que isso aconteça, mas critico isso das pessoas votarem apenas por gostar, por ir com a cara ou pelo candidato ter trazido uma Copa do Mundo. Não param para revisar a biografia da pessoa. Muito se reclamou sobre o povo ter votado nos mesmos caras de sempre em algumas regiões. Ficou provado que dificilmente o povo elege desconhecidos. Talvez por isso seja tão comum ver famosos vencendo eleições. Pode não ser uma tendência, mas é o que tenho visto por aí.

Segui meu rumo em caminhada de mais ou menos 15 minutos até o ponto de ônibus. Passei por muito lixo. É inegável que é necessário usar panfletos. Mas a cidade sofre demais com essa lixarada nas ruas. Uma falta de amor pela cidade que eles vão ter que cuidar nos quatro anos.Trabalho e trabalho pesado para COMLURB que terá que dar conta de todo esse lixo. Ainda bem que não choveu na cidade. Seria muito pior. 

 Em meio à rápida viagem me pus a pensar no futuro do país e tal. Agradecendo a Deus por mais um dia e por sua infinita misericórdia. Orando por dias melhores e por textos melhores também. Lixarada na rua à parte estava com vontade de escrever e escrever mais. Não sei se terei tempo em meio à rotina de trabalho para responder comentários que, para mim, é essencial para manutenção do blog. A gente escreve pra gente, mas é fundamental ter pessoas lendo seu texto e comentando. Lendo e lendo mesmo e não somente comentando que achou o texto legal.

Espero que outros textos apareçam em breve.

Grande abraço.