Na semana passada, por motivo de trabalho, caí de paraquedas
numa feira internacional de segurança. Chamada LAAD Defence & Security, a
feira acontece de dois em dois anos no Riocentro e, a princípio, não despertou
muito minha curiosidade. Mas quando quando precisei ficar dois dias
consecutivos na feira percebi o quando ela é importante e o quando precisamos
estar atentos a algumas coisas.
A primeira impressão que eu e outras pessoas tiveram é que
precisamos dar graças a Deus pelo Brasil não estar e guerra. Digo, guerra
contra outros países, pois sabemos que vivemos uma guerra particular aqui que
mata por ano 50 mil pessoas. Mas o pouco que nossos amigos apresentaram já foi
suficiente para perceber como estamos atrás quando o assunto é tecnologia em
defesa e segurança.
Ok. Nós não estamos em guerra, mas penso que o investimento
em defesa é muito necessário víde nossas fronteiras livres para entrar armas e
drogas todos os dias no país. Algumas pessoas ficaram assustadas com isso e
chegaram a conclusão que não resistiríamos a 10 minutos de guerra se fosse
preciso.
Por outro lado, algo que ouvi muito foi o frenesi causado
pelo estande de Israel, que impressionou a todos por sua tecnologia avançada em
vários aspectos. Quem passava pela parte de Israel voltava impressionado e
falando sobre isso. Israel que vive em um ambiente super hostil cercado de
inimigos por todos os lados. Então eles certamente precisam se defender e estar
preparados para uma guerra iminente.
Pelo nosso lado brasileiro, uma decepção, em visita ao
estande da UNASUL (União das Nações Sul-Americanas) e ouvir do general que lá
estava que, ao ser perguntado sobre a barreira imposta pela língua (Já que o
Brasil é o único país do sul que não fala espanhol), responder que pediria para
eles falarem devagar para a gente entender. Como assim? Como falar em
integração com nossos vizinhos sul-americanos com essa má vontade em aprender a
língua deles? Enfim...
Impressionante como as pessoas gostam de armas, pelos menos
as que foram à feira. O tec tec no estande das pistolas Taurus e Glock era
ouvido o tempo todo. E fotos e mais fotos eram tiradas com essas armas. Não sou
muito chegado a armas não, mas percebi um pouco do fascínio que ela causa nos
curiosos em ter uma nas mãos.
Por fim senti falta de uma coisa. O inglês. Num lugar em que
mais de 70 países foram representados, a língua estrangeira era fundamental.
Bom para vencer essa birra que tenho dessa língua e ir correndo aprender, agora
mais que necessário. Ainda deu para tirar uma foto perto da réplica do caça
Grippen, que a SAAB, empresa sueca que o fabrica, trouxe para o país. O Brasil
comprou 36 deles e cada um vale, acho que U$ 150 milhões. Tirei algumas fotos
da feira, espero que gostem.
Boa noite camarada! Andei sumido (e ando), por motivos de saúde e família, aos poucos to voltando.
ResponderExcluirTudo ligado a guerra, armas acaba se tornando um fascínio de todo garoto, que as vezes carrega até a vida adulta. Daí a vontade de ter o porte de uma arma de fogo, que quase sempre é vendida em mercados negros. Sem uma política de segurança publica que dê atenção a redução dos homicídios, o Governo simplesmente diz à sociedade: “A vida vale muito pouco no Brasil”. Isso porque comprar mais armas, viaturas, rádios e coletes apenas, sem tecnologia de ponta, como sistemas de comando e controle é fazer a mesma coisa de décadas, alimentando o espetáculo do tiroteio, cacetadas, prisões etc.
PS: Meu sonho é fazer um curso de Inglês, mas tá caro viu? rs
Abraços,
Fique na paz,
Dan.
Você tem toda razão, é só conversar com alguém que trabalha para o exército ou coisa do tipo e vai saber que tudo o que diz é a mais pura verdade. Em caso de guerra (Deus nos livre dela!) estamos muito mais ferrados!
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